"Teu amor pelas cousas sonhadas era teu desprezo pelas cousas vividas."

sábado, 21 de março de 2009

Desencontro.


Em neste dia incerto, próximo do crespúsculo, sento-me na pedra, nos domínios de uma praça abandonada. Nela então, perco o meu olhar sobre a paisagem desolada em que estou.
À nada aspiro, nada hei-de fazer, tudo escapa das minhas mãos como areia. Viver é doloroso.
No entanto, estar a aqui a divagar sobre o que nada há de sentido, e a imaginar uma vida que não me pertence... Ahhh, meu coração chega a bater mais forte quando me vejo a beira de um lago, participando de uma grande festa, e a ser festejado por pessoas que gostam de mim. Tudo me eleva e sobressalta!Mas a ilusão não perdura muito.
Como um repuxo, logo me esbato à realidade e encontro o abandono num dia incerto e cinzento. Meus sentidos tecem meu fado.
Ó grande desencontro que a vida é.

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