Sempre na minha vida, situações e convivências, eu fui sempre, p'ra todos, um intruso, um estranho sempre. No meio de amigos, parentes, colegas, fui sempre sentido como alguém de fora.
Fui sempre, em toda parte e por todos, tratado com simpatia. Mas essa simpatia foi sempre isenta de afeição. Para os mais naturalmente íntimos fui sempre um hóspede, que por hóspede, é bem tratado, mas sempre com atenção devida ao estranho e a falta de afeição merecida pelo intruso.
Hoje estou lúcido como se não existisse. Meu pensamento é em claro como um esqueleto, sem os trapos carnais da ilusão de exprimir.
Foto: Desconhecido.
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