Não sei exatamente por quais descaminhos inclino minha vida. Como um barco à deriva num mar infinito, estou a me distanciar das pessoas que prezo. Não consigo me aproximar.
Noto, como quando ponho meus óculos e vejo nitidamente, o tudo quanto tenho feito, pensado, sido, é uma soma de subordinações, ou a um ente falso que julguei meu, por que agi dele para fora, ou de um peso de circunstâncias que supus ser o ar que respirava. Sou, neste momento de ver, um solitário súbito, que se reconhece desterrado onde se encontrou sempre cidadão. No mais íntimo do que pensei não fui eu.
Posso deixar-me a esse mar, posso ignorar-me, ou fingir ser outro - o que seria nenhuma novidade. Às vezes tenho para mim que a própria vida finge-se ao meu ser vazio.
Que esse domingo termine logo.
Sou tão estúpido, fútil... deveria pegar a moto, a estrada para petrópolis, para fotografar, para pensar em nada, sentir o vento, ouvindo música, e esquecendo... Se há algo que reconheço em mim é a minha inabilidade para viver.
Não sei o que fazer, o domingo deu em chuvoso.
1 comentário:
Olááá! que isso!
foi um presentinho pelo ótimo blog que vc faz!
Para de pensar assim! Dá uma lida no meu texto e tente pensar daquela maneira! Ninguém nasce sem missão! Todo mundo é útil!
Beijos!
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