"Teu amor pelas cousas sonhadas era teu desprezo pelas cousas vividas."

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Domingo.


Não sei exatamente por quais descaminhos inclino minha vida. Como um barco à deriva num mar infinito, estou a me distanciar das pessoas que prezo. Não consigo me aproximar.

Noto, como quando ponho meus óculos e vejo nitidamente, o tudo quanto tenho feito, pensado, sido, é uma soma de subordinações, ou a um ente falso que julguei meu, por que agi dele para fora, ou de um peso de circunstâncias que supus ser o ar que respirava. Sou, neste momento de ver, um solitário súbito, que se reconhece desterrado onde se encontrou sempre cidadão. No mais íntimo do que pensei não fui eu.

Posso deixar-me a esse mar, posso ignorar-me, ou fingir ser outro - o que seria nenhuma novidade. Às vezes tenho para mim que a própria vida finge-se ao meu ser vazio.

Que esse domingo termine logo.

Sou tão estúpido, fútil... deveria pegar a moto, a estrada para petrópolis, para fotografar, para pensar em nada, sentir o vento, ouvindo música, e esquecendo... Se há algo que reconheço em mim é a minha inabilidade para viver.

Não sei o que fazer, o domingo deu em chuvoso.

1 comentário:

Thayla Christini disse...

Olááá! que isso!
foi um presentinho pelo ótimo blog que vc faz!
Para de pensar assim! Dá uma lida no meu texto e tente pensar daquela maneira! Ninguém nasce sem missão! Todo mundo é útil!
Beijos!